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TEMAS DE INTERESSE PÚBLICO, SAÚDE, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, EMPREENDEDORISMO, EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO , DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, CULTURA, ESPORTES, ATUALIDADES , FINANÇAS , PLANEJAMENTO, CONSULTORIA E SERVIÇOS .

23 de mai. de 2014

15 DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO.

Aos amigos do Blog.

Este texto é muito bom. Vale a pena analisá-lo e amadurecer sua melhor definição dobre empreendedorismo.
Um abraço a todos.


15 definições de empreendedorismo

Abilio Diniz, Eike Batista, Wellington Nogueira, Ricardo Buckup, Pedro Passos, Romero Rodrigues e muito mais; O que pensam 15 empreendedores de sucesso.


Afinal, o que é empreender? Quais são as características que tornam uma pessoa empreendedora? Como essas são perguntas que permitem várias possibilidades, preparamos uma lista com as respostas de grandes representantes do empreendedorismo de alto impacto no Brasil, que lançam uma luz sobre essa questão.
Confira o que pensam alguns dos maiores empreendedores do país:
Abilio Diniz: “Empreendedor não deve ter sonho, tem que ter meta. Ele não é um cara que briga, faz negócios. Brigar é coisa de namorados.”
Wellington Nogueira, Doutores da Alegria: “Empreender é gostar de encrenca. Sair na chuva e se molhar, ajoelhar e rezar.”
Romero Rodrigues, BuscaPé :“Empreender é acreditar no impossível. Se você quer empreender e está perseguindo uma ideia, não conheço nenhuma palavra que possa provocar e trazer mais sucesso, realização e felicidade do que a palavra impossível.”
Pedro Passos, Natura: “O empreendedor é apaixonado por uma ideia e corre atrás dela. Ele tem que ter brilho nos olhos e vontade de fazer, mesmo que seja a segunda, terceira, quarta iniciativa.”
Ricardo Buckup, B2 Agência: “Empreender é correr risco, é liberdade, é autonomia, é desafio e é demais. É saber que, seja no negócio, na família ou em uma empresa, você não fica na zona de conforto. É buscar outro desafio não só nos negócios, mas na vida.”
Salim Mattar, Localiza: “Empreendedores de verdade são aqueles que vencem em um ambiente hostil.”
Eike Batista: “Empreender é enxergar uma oportunidade, ou uma boa ideia, e assumir o risco de botá-la em prática, executá-la. E o Brasil precisa disso, pois a vontade do brasileiro de tomar riscos ficou reprimida nos últimos 20 anos.”
Arnold Correia, SubWay Link: “Empreender é acreditar no seu sonho, fazer com que mais pessoas acreditem nele e transformar tudo isso num sonho de um monte de gente. Sozinho fica pequeno. Tem que ser em time.”
Diego Martins, Acesso Digital: “Empreender é justamente acreditar que não existe limitador algum para você fazer aquilo que sonha. E, para ter força, você precisa se inspirar em coisas que superou no passado.”
Wagner Furtado, Cash Monitor: “Empreender é fácil. Continuar empreendendo é que é difícil. É simples ter uma iniciativa inovadora. Agora, quebrou? Vai de novo. Quebrou novamente? Tenta de novo. É aí que sobra só quem aguentar mais paulada. Empreender é aguentar paulada.”
Valério Dornelles, Tecno Logys: “Empreender é ter vontade de realizar. É você não ficar contente em apenas ter ideias, e sim de colocá-las em prática.”
Rodrigo Azevedo, Comunique-se: “Empreender é insistir. É ter muita gana, muita vontade de fazer acontecer, não se cansar e acreditar nesse sonho. Deveria ser a primeira opção de emprego para todas as pessoas.”
Bento Koike, Tecsis: “Empreender é curtir muito encontrar uma solução para algo que está te importunando. Se essa for uma solução que você bolou, não copiou, ela é o grande incentivador do espírito empreendedor.”
Wilson Poit, Poit Energia: “O empreendedor não tem vergonha de tentar e ter atrevimento para querer coisas maiores. Ele sabe que o ‘não’ ele já tem garantido.”
Rodrigo Teles, ex-diretor-geral da Endeavor Brasil e diretor da Fundação Estudar:“Empreendedor é quem tem um sonho apaixonante, uma fé inabalável, e se joga de cabeça!”
E, para você, leitor, o que é empreender? Deixe seu comentário!
Artigo originalmente publicado no site da Endeavor e gentilmente cedido ao Administradores.com

22 de mai. de 2014

A INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL

Aos amigos do Blog

Segue um excelente texto sobre a importância da Inclusão Digital n Brasil. Gostaria de destacar a afirmação que as tecnologias digitais e o acesso a internet são fundamentais na democratização do conhecimento e importantes para qualificarmos pessoas e aumentar as possibilidades de crescimento de nossa população.
Um abraço a todos.


Inclusão digital no Brasil

 
Conhecimento em informática pode melhorar o quadro social
Bruna Cravo
A inclusão digital pode ser considerada toda a ação que permite que a informática e seus recursos estejam à disposição da população. Também visa melhorar as condições de vida dos cidadãos por meio da tecnologia. Segundo a professora Magda Silvério, coordenadora da Oficina de Inclusão Digital realizada pela Universidade Metodista, “não basta disponibilizar o computador e o acesso à internet, mas é preciso tornar possível a sua utilização, oferecendo o conhecimento para a utilização dos recursos”.
Para a professora, as vantagens da inclusão digital podem ser resumidas em democratização do conhecimento. “O domínio da informática ajuda na busca de outros saberes, de informações sobre seus direitos, cultura e origens”, diz. Entretanto, faz-se necessária a prática da navegação online, para que a mesma não caia no esquecimento.
A inclusão digital é bastante falada no Brasil, mas ainda pouco realizada. Muitas regiões têm o acesso à tecnologia bastante escasso. Por mais que escolas ou empresas tenham computadores, é comum notar que não há acesso à internet ou instrutores qualificados para lidar com essa dificuldade.
Telecentros
Tentando minimizar este quadro, o Governo Federal investe em Telecentros. Segundo o ONID (Observatório Nacional de Inclusão Digital), eles funcionam com a implantação de espaços públicos e comunitários de inclusão digital. Há a disponibilidade de equipamentos de informática e serviços de conexão à internet. Os monitores que auxiliam no uso dos equipamentos recebem uma bolsa de auxílio financeiro e participam de um curso de formação para atuarem como agentes de inclusão
Ainda de acordo com a ONID, há mais de 7 mil Telecentros espalhados pelo Brasil, distribuídos em 95 programas de inclusão digital. Dentre esses programas, há o Acessa São Paulo, de abrangência estadual, que oferece acesso às novas tecnologias da informação e comunicação, incluindo a internet, contribuindo para o desenvolvimento dos paulistas. São 448 Telecentros espalhados por todo o Estado, geralmente em locais de grande circulação, como estações de trens e metrôs e em unidades do Poupa Tempo.
No ABC, a Secretaria da Educação de Santo André promove oficinas de inclusão. Intitulado Projeto Santo André Digital, o curso tem o objetivo de capacitar o aluno, o professor e a comunidade por meio do uso da tecnologia. De abrangência municipal, o projeto conta com dois Telecentros.
De acordo com Magda Silvério, além de permitir o acesso à informática e seus recursos, a inclusão digital possibilita melhorias na perspectiva de emprego e oferece novos meios de comunicação. Para tanto, é necessário que o aprendizado não fique apenas nas telas dos computadores, mas fazer com que as aulas sejam direcionadas seguindo as expectativas de cada aluno. “É importante ter cursos específicos para pessoas que estão no mercado de trabalho, que dê ferramentas para que elas possam melhorar e crescer”, conclui.

18 de mai. de 2014

QUALIFICAÇÃO X CAPACITAÇÃO

QUALIFICAÇÃO X CAPACITAÇÃO
Álvaro Takei
Brasiliano & Associados – Diretor de Ensino Digital
 As constantes mudanças no cenário empresarial, a evolução dos conhecimentos, a acirrada concorrência, a busca pela manutenção da competitividade, tudo isso, faz com que as empresas, ao contratar ou reavaliar seu quadro de colaboradores, busquem os profissionais que melhor atendam às suas necessidades. Isto gera um desafio para os profissionais, que é o de manterem-se atualizados.
A velha crença de que os cursos regulares, em outras palavras, o que as escolas ensinam, seriam suficientes para preparar indivíduos para o exercício profissional pleno, está há muito tempo esquecida, logo, aqueles que ainda acreditam nisso estão superados.
Dessa forma, a visão corrente é a de que devemos adotar a educação continuada, o que significa que, escolhida a área em que se deseja atuar, devemos buscar constantemente a atualização profissional. Simplificando, podemos dizer que a educação continuada é a constante procura por qualificação e capacitação. A esta altura, o leitor pode estar se perguntando: se eu estou qualificado, eu não estou capacitado, ou vice-versa? Torna-se necessário, então, determinar a diferença entre um e outro vocábulo.

Qualificação

Podemos dizer que a busca da qualificação traz como resultado uma formação, que torna o profissional habilitado para o exercício de alguma atividade, quer dizer, dota a pessoa de um conjunto de conhecimentos que atestam a possibilidade do exercício profissional. Neste conjunto de conhecimentos incluímos a escolaridade, a experiência profissional, cursos realizados etc.
Pelo que está incluído na qualificação, verificamos que são conhecimentos importantes, mas generalizados, ou seja, sem especificidades, melhor colocando, indicam que o profissional reúne as condições necessárias, porém não garantem que ele está pronto para desempenhar suas funções. Por outro lado, fica clara a continuidade da obtenção deste quesito, uma vez que a aquisição de experiência e a realização de cursos são necessidades contínuas.
Entretanto, a qualificação não é uma formação completa, sua finalidade é a aquisição de conhecimentos teóricos, técnicos e operacionais relacionados à produção de bens e serviços, por meio de processos educativos desenvolvidos em diversas instituições (escolas, sindicatos, empresas, associações). Atuamos em um mercado de trabalho que está cada vez mais exigente, e a qualificação supre uma dessas exigências.

Capacitação

A capacitação, segundo conceito de José Cerchi Fusari, é um processo de aprendizagem em que fica explícito “para que”, “como”, “para quem” e “quando” fazer algo. Dessa forma, este processo engloba ação e reflexão de forma sistêmica, de partes que se ligam, e não como meras ações isoladas e fragmentadas. Nota-se, neste caso, maior especificidade, o que torna o profissional apto para o desempenho de suas funções.
Capacitação traduz-se por preparar a pessoa para enfrentar as situações referentes à sua atividade, por meio da aplicação de conhecimentos, mas, com possibilidade de criar, resolver problemas, oferecer alternativas de melhorias e criar ambiente adequado. Capacitar quer dizer fornecer autonomia, criar autoconfiança e promover o desenvolvimento. Capacitar vai além de treinar, pois, treinamento, por meio de repetições mecânicas, desenvolve uma habilidade específica, com pouca liberdade para expressão da personalidade própria do indivíduo.
Capacitação desenvolve competência, que é o resultado de conhecimento, habilidades e atitudes e, assim como o conhecimento, competência não se transmite. Não há ninguém capaz de transferir sua competência para outra pessoa. Todavia, é perfeitamente possível ajudar a pessoa a construir sua própria competência, da mesma forma que se constrói conhecimento.

Conclusão

Conforme o parágrafo inicial, vivemos em um mundo de constantes mudanças, um mundo globalizado, fazendo com que o mercado de trabalho fique cada vez mais exigente. A procura por uma colocação ou manutenção nesse mercado deixa de ser, apenas, uma questão de dedicação ou sorte, passa a ser uma questão de contínua busca de qualificação e capacitação, fatores determinantes para o futuro dos que buscam reais chances de progresso profissional.
Assim, ao investir em capacitação, é necessário o cuidado de procurar fontes ou instituições com efetiva experiência na área em que o profissional atua, ou pretende atuar, e, o mais importante, que seja uma organização que atue no segmento, estudando-o e pesquisando-o constantemente, o que permitirá a aquisição das competências necessárias.
Pelo exposto, adquirir e renovar qualificação e capacitação, por mais difíceis e custosos que venham a ser, são prioridades, portanto, inevitáveis.

15 de mai. de 2014

DICAS PARA MONTAR UM BOM CURRÍCULO

Aos amigos do Blog. 

Segue um texto muito esclarecedor de como montar um bom 


currículo. 


Aproveitem as dicas.




Veja como montar currículo para conseguir o primeiro emprego.




Candidato deve adequar o documento para cada oportunidade de trabalho.
Segundo especialista, profissionais precisam ser objetivos e sucintos.

Pâmela KometaniDo G1, em São Paulo
26 comentários
Modelo de currículo (Foto: Reprodução)Exemplo de currículo para o primeiro emprego
Como montar um currículo sem nunca ter trabalhado? Realmente é preciso colocar o cargo ou objetivo pretendido em todos os documentos? E o profissional que tem muitos anos de experiência, como ele pode destacar isso? Essas são apenas algumas das dúvidas que muitos trabalhadores têm na hora de preparar o currículo, que é o cartão de visitas de quem está em busca do primeiro emprego ou de uma nova oportunidade de trabalho.
Clique aqui e veja modelos de currículos para diversos cargos.

"O mais importante é ser objetivo e sucinto. A pessoa tem que pensar que através desse documento ele será chamado para uma entrevista", afirma Flávia Mentone coordenadora de recursos humanos do Centro de Apoio ao Trabalhado (CAT), da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo.

Segundo Flávia, os candidatos devem adequar o currículo ao tipo de anúncio ou a plataforma em que as informações serão cadastradas. Em um site de empregos, o currículo pode ser mais genérico, já que não é possível saber quais empresas vão procura-lo, por outro lado, ao enviar o documento diretamente para a companhia, o ideal é prepara-lo somente para a vaga em questão.
Veja dicas para preencher cada etapa do currículo:
1 - Dados pessoais
O início do currículo deve apresentar o profissional, com nome completo, idade, estado civil, endereço, cidade, região, telefone (celular, residencial ou para recados) e e-mail. Não é preciso informar o CEP.
2 - Objetivo
Neste tópico, os profissionais precisam escrever de forma direta para que a empresa veja qual é a posição de interesse. Os candidatos não devem colocar diversos objetivos juntos.
3 - Resumo de qualificações
É importante que os candidatos aproveitem esse espaço para colocar informações positivas sobre sua carreira. O objetivo é chamar atenção para que o recrutador leia o currículo até o final. Nesse item, o profissional deve pensar quais habilidades, conhecimentos e experiências que ele possui seriam positivos para a posição e companhia. A partir dessa resposta, é possível selecionar o que será colocado no resumo.
4 - Formação acadêmica
O candidato deve colocar o último grau de escolaridade que possui, ou seja, quem não tem nível superior deve citar o nível médio, e assim por diante. Profissionais com MBA, pós-graduação ou curso técnico devem mencioná-los. A descrição deve ter o nome da instituição, curso e ano ou previsão de término.
5 - Experiência profissional
As informações precisam estar em ordem decrescente, da exoeriência mais recente para a mais antiga. A descrição deve conter nome da empresa, cargo, mês e ano de entrada e saída e atribuições. O candidato precisa colocar as atribuições e responsabilidades que tinha na empresa. Ele também pode relacionar as atividades com os resultados obtidos e ainda destacar as promoções.
6 - Cursos complementares
Cursos extracurriculares ou de curta duração e workshops podem ser informados. É importante mencionar o nome da instituição, mês e ano de início e término e carga horária.
7 - Idiomas
O candidato precisar ser honesto e indicar seu real conhecimento no idioma, já que o recrutador poderá testá-lo durante a entrevista. A fluência pode ser categorizada como: básico, intermediário, avançado e fluente. Caso o profissional não tenha conhecimento, não é necessário informar.
8 - Informática
O profissional pode informar seus conhecimentos em cada programa e categorizá-los. Para quem fez curso na área vale colocar, seguindo o padrão utilizado nos cursos complementares.
9 - Outras informações
Neste campo, o candidato pode informar experiências internacionais e trabalhos voluntários. Atividades feitas fora do horário de trabalho podem ser citadas, desde que tenham relação com o emprego ou destaquem as qualidades do profissional.
10 - O que não colocar
- Foto (Só deve ser enviada quando empregador solicitar)
- Número de documentos
- Título “currículo vitae” ou “currículo”
- Pronomes pessoais (Ao invés de colocar “eu desenvolvi um projeto” substitua por “desenvolvimento de projeto”)
- Informações negativas (Profissionais que não possuem algum tipo de conhecimento, não devem colocar essa informação. A melhor opção é não informar nada)
- Nome de pais, marido ou esposa e filhos
- Referências pessoais (Contatos de pessoas que podem falar sobre o profissional não devem ser indicados)
- Motivo de saída de empregos anteriores
- Pretensão salarial
- Cartas de referência
- Certificados de cursos realizados
- Data e assinatura

5 de mai. de 2014

MARCO CIVIL DA INTERNET: SAIBA O JEITO CERTO DE USAR.

Aos amigos do Blog.
Segue uma reportagem veiculada pelo Jornal O DIA que orienta o internautas sobre seus "direitos e deveres".
Espero que aproveitem.
Um abraço a todos.
 - Atualizada às 

Marco Civil da Internet: saiba o jeito certo de usar

Legislação estabelece direitos e deveres de cidadão, empresa e governo na rede

CAIO BARBOSA
Rio - No dia 23 de junho entrará em vigor, no Brasil, o Marco Civil da Internet, que provocou muita discussão em Brasília, mas muito pouca gente sabe de fato o que significa. E o que vai mudar na vida de quem usa a grande rede.
Entenda o que muda para você
Foto:  Divulgação

O Marco Civil é nada mais, nada menos que uma espécie de Constituição para a internet, ou seja, um conjunto de leis que vão regulamentar o uso dessa ferramenta cada vez mais popular no país. E que há 18 anos é utilizada sem nenhum tipo de critério.
“Hoje, tudo o que você faz na internet é gravado e vendido para empresas de marketing ou mesmo outras finalidades sem a sua permissão. A partir do Marco Civil, isso ficará proibido. Seu provedor não pode sequer guardar o que você fez. E o Google, por exemplo, não pode vender dados sobre você”, explica o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), relator do projeto.
O Marco Civil não só garante a privacidade na internet, como previne mudanças que já vinham sendo estudadas pelas grandes corporações e que poderiam entrar em vigor brevemente. Como, por exemplo, um provedor reduzir ou aumentar a velocidade de acesso a sites de acordo com interesses políticos ou financeiros.
“O site do jornal O DIA não poderá carregar devagar e o de outro jornal, carregar rápido. Serviços de voz como o Skype, por exemplo, não podem ser prejudicados por empresas de telefonia que oferecem serviços de internet, mas, ao mesmo tempo, têm serviços concorrentes”, prossegue Molon.
A livre concorrência na internet, assim, está garantida. Os sites mais acessados serão sempre aqueles que oferecerem o melhor conteúdo e não os que você consegue navegar com mais velocidade, pois esta terá de ser a mesma, variando apenas de acordo com o pacote de dados adquirido pelo usuário.

MAIS SEGURANÇA NA REDE
O Marco Civil também trará mais segurança para a internet. Em casos de comentários ofensivos contra a honra de uma pessoa, a vítima poderá recorrer direto a um Juizado Especial para determinar que as ofensas sejam retiradas do ar de forma rápida.
Por outro lado, se você fizer críticas a um político, empresário ou qualquer tipo de autoridade, esses comentários só poderão ser retirados do ar por meio da Justiça, e não por uma simples notificação ou pressão da pessoa que foi criticada, garantindo a liberdade de expressão.
Em caso de ofensa à honra de uma pessoa ou da destruição de sua imagem por perfis falsos, a partir do Marco Civil, com o que se chama de “guarda de logs”, será mais fácil de identificar e punir o autor do dano.
“No ano passado, duas jovens se suicidaram após terem fotos íntimas divulgadas na internet. O Marco Civil inibirá essa prática por facilitar a identificação do criminoso”, explica Molon.
Informações trocadas por usuário não podem ser filtradas
Foto:  Divulgação

Pense duas vezes antes de curtir

O Marco Civil (lei 12.965) acaba com algumas brechas da legislação brasileira sobre os direitos e deveres de cidadãos, empresas e governo na internet. Provedores de conexão (que dão acesso à rede) e de aplicações (serviços online, como Gmail, YouTube, Twitter e Facebook) serão obrigados a guardar os dados dos usuários por determinado prazo, garantir seu sigilo e segurança, e entregá-los a terceiros somente em caso de ordem judicial.
As informações trocadas pelos usuários não podem ser filtradas ou analisadas. O usuário que não usar mais os serviços pode pedir que seus dados sejam apagados. A contrapartida da liberdade de expressão é a responsabilidade do cidadão. Conteúdos ofensivos e impróprios, que possam causar dano moral ou material, passam a ser de responsabilidade do internauta que o publica e compartilha. Um vídeo erótico não autorizado, uma piada racista ou homofóbica, uma afirmação que difame um candidato nas eleições pode levar o internauta ao banco dos réus.
O provedor de aplicação só é punido se não retirar da rede o conteúdo ofensivo, após notificação. O Marco Civil também garante a neutralidade da rede, ou seja, os dados não podem receber tratamento diferente. As operadoras, assim, não podem criar serviços com velocidades e preços diferentes para textos (arquivos menores mais fáceis de transmitir) e vídeos ou músicas (arquivos maiores e mais pesados), o que poderia ser prejudicial à livre concorrência. Marlos Mendes)



    4 de mai. de 2014

    MARCO CIVIL DA INTERNET


    Marco Civil da Internet: 5 questões que afetam o empreendedor digital brasileiro
    Escrito por Fernando de La Riva, especialista em negócios digitais
    A rigor, o Brasil não precisa de um marco regulatório para internet. Antes disso, teríamos que atualizar o código civil, o código de defesa do consumidor e o código de defesa da criança e do adolescente, pois temos um excesso de leis, redundantes e mal compreendidas que apenas aumentam o custo Brasil e nossa ineficiência crônica. O Marco Civil seria como querer domar uma força da natureza. Como resumiu o jornalista Ethevaldo Siqueira, “o que deve ser punido são os abusos – pois o uso normal, cotidiano, da internet não precisa de regras”.
    1. É uma ameaça à privacidade
    Como participantes do setor de tecnologia, sabemos que a regra é sempre que possível não guardar nenhuma informação de usuário nos nossos produtos. Caso haja um imperativo de negócio para isso, que seja a informação mais incompleta possível. Quando você guarda informação, você se torna responsável e terá que incorrer, também de forma responsável, em medidas para salvaguardar a custódia desta informação, o que necessariamente vai aumentar o custo destes serviços.
    Em um país onde existem precedentes sérios de vazamento até de informações da Receita Federal, como o que ocorreu na campanha de 2010, imagine a imensa possibilidade de outros casos que poderão ocorrer.
    2. A obrigatoriedade de uso de datacenters no Brasil
    Esse artigo foi eliminado da revisão final por pressão de alguns partidos, mas era um atentado à competitividade do setor de tecnologia. Quem já pagou quarenta mil dólares em um PC 486 sabe até onde esse negócio pode ir. Segundo o “The Economist”, em seu relatório sobre startups de 2014, a fase chamada “cambriana” (na qual a vida surgiu porque os elementos necessários a ela apareceram) se dá em tecnologia pela democratização do acesso aos blocos construtivos para as startups. O principal deles é a capacidade de comprar infraestrutura e serviços em nuvem que, pagos como serviço, eliminam a necessidade de grandes somas de capital inicial.
    Os serviços em nuvem devem ser vistos como matéria-prima, que é beneficiada com propriedade intelectual e vendida com valor agregado maior. Em um momento em que temos um app brasileiro (PlayKids) em primeiro lugar em Top Grossing na appstore, da Apple, e empresas de varejo brasileiro se internacionalizando de forma efetiva, este movimento é frustrante. Serviços grandes em nuvem se tornariam mais caros e serviços menores, que estão na caixa de ferramentas do empreendedor digital brasileiro, teriam que parar de trabalhar no Brasil.
    3. Possibilidade de fechamento da internet
    A redação anterior do artigo 9º dizia que “o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo.” Este artigo dava superpoderes para o executivo de, por meio de um tratamento não isonômico para os serviços, retirar redes redes sociais inteiras do ar, por exemplo. A interpretação dos itens ainda é vaga e, em uma situação semelhante ao que ocorreu com a Venezuela, Egito, Síria e ocorre estruturalmente na China, este artigo pode ser utilizado para impedir o tráfego livre de informações no Twitter e no Facebook.
    A redação final leva em conta a consulta ao CGI, à Anatel e a determinação constitucional de “fiel execução da lei”, mas continua sendo uma intrusão do estado na livre concorrência, que pode ter efeitos imprevisíveis em novos modelos de negócio e na evolução natural da internet. A internet continua aberta porque foi moldada por meio de livre competição.
    4. Não resolve a problemática de espionagem global
    Se o fato gerador do interesse do Poder Executivo na rápida aprovação do marco são as denúncias de Edward Snowden, existe um não entendimento mínimo de como o sistema funciona. A comunicação é por construção multilateral, e a possibilidade de monitoramento é igual. Isto é como tentar transformar o Brasil em uma ilha digital, o que é novamente um problema de mau assessoramento técnico de quem redigiu o marco. Informações de caráter muito sensível têm que ser objeto de tratamento diferenciado. Estamos tratando de forma isonômica coisas que são muito diferentes.
    5. A neutralidade da rede deveria ser tratada pelo mercado
    Estratégias de “trafic shaping” (dar tratamento diferente a serviços diferentes) são naturais do negócio. O tráfego de informações de uma operação na bolsa não tem que ter o mesmo tratamento do que seu e-mail. Se o seu provedor de serviço tiver alguma política que você esteja em desacordo, você trocará de serviço até que você ache algum que atenda seus interesses. Apesar da ideia nobre, a solução não é, pois se trata de uma visão utópica e não realista, enquanto o mercado já tem solução para isto.
    A política é a ciência do possível. Apesar do envolvimento da sociedade, quando um marco deste tamanho é construído durante tanto tempo, o produto final é o resultado de um conjunto de interesses que cria novamente barreiras não competitivas e protege os que tiveram mais capacidade de influência, o que é fundamentalmente o causador de um estilo de economia pouco eficiente, no qual quem tem mais sucesso muitas vezes não é o que tem mais mérito.
    Fernando de La Riva é especialista em negócios digitais e sócio da Concrete Solutions.